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CBF: ex-presidente do STJD ganha força para eleição com apoio de 9 federações

Ao menos nove federações estaduais já decidiram apoiar a candidatura do advogado Flávio Zveiter para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo em 7 de dezembro e uma nova eleição terá que ser marcada até 25 de janeiro de 2024.

O atual presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus, comanda interinamente a confederação.

Sete federações do Nordeste fecharam apoio a Zveiter:

  • Ceará
  • Paraíba
  • Piauí
  • Alagoas
  • Maranhão
  • Rio Grande do Norte
  • Sergipe

A da Bahia, da terra natal de Ednaldo e que tem seu cunhado Ricardo Lima como presidente, está ao lado do dirigente afastado. Pernambuco ainda não se decidiu.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Maurílio Júnior, em seu blog, e confirmada pela reportagem. A Itatiaia apurou que, além dessas, Rio de Janeiro e Minas Gerais já fecharam com Zveiter, das 27 totais.

Ele já teria, portanto, o número necessário de apoio de federações para conseguir se tornar candidato, que é de pelo menos oito, mais cinco clubes, o que também já tem. As agremiações do Nordeste devem ir junto com suas federações para a eleição.

Entenda o xadrez político na CBF

Flávio Zveiter presidiu o STJD entre 2012 e 2014. Em 2017 foi indicado pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) para representar a América do Sul no Comitê de Ética da Fifa.

Em setembro de 2022, Zveiter assumiu como diretor de desenvolvimento e projetos da CBF, deixando o cargo em maio de 2023. Desde então passou a ser oposição a Ednaldo Rodrigues no xadrez político do futebol.

Ele é filho de Luiz Zveiter, também ex-presidente do STJD e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio, e neto do ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Waldemar Zveiter.

Ednaldo Rodrigues tenta via judicial retomar a presidência da CBF. O caso agora está no STF (Supremo Tribunal Federal), após pedido do PSD (Partido Social Democrático) para que a decisão do TJ-RJ seja anulada. A iniciativa partiu do Senador baiano Otto Alencar, conterrâneo de Ednaldo. O ministro André Mendonça analisa o caso.

Em paralelo, o presidente afastado tenta se viabilizar como um candidato competitivo para a eleição. Ele tem o apoio do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.

Estão com ele também Roberto Góes, da Federação do Amapá, e Francisco Novelletto, ligado à Federação Gaúcha de Futebol. Todos são vices na diretoria executiva da CBF afastada pela Justiça.

Entenda o afastamento de Ednaldo

O processo que causou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF está ativo desde 2018, por iniciativa do Ministério Público do Rio de Janeiro, ainda referente à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo.

O MP questiona o estatuto da confederação por estar em desacordo com a Lei Pelé porque prevê pesos diferentes para clubes nas votações para a escolha dos presidentes. Os dirigentes das 27 federações estaduais têm peso 3 na votação, contra peso 2 dos 20 clubes da Série A e peso 1 dos 20 da B.

A Justiça anulou em 2021 a eleição de Rogério Caboclo e determinou uma intervenção na CBF, nomeando Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como os interventores. Essa decisão foi cassada pouco tempo depois.

A CBF e o Ministério Público fizeram um acordo extrajudicial e assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O estatuto mudou e os pesos nos votos dos times das séries A e B ficaram iguais. Na nova eleição, em 2022, Ednaldo Rodrigues, que estava como presidente interino, foi eleito para um mandato completo de quatro anos, até março de 2026.

Gustavo Feijó, que era vice na época de Caboclo, acionou a 2ª instância. O pedido era que o TAC fosse anulado, e Ednaldo afastado, alegando que o juiz de 1ª instância não tinha atribuição para homologar o documento. Foi isso que foi acatado em 7 de dezembro pelo TJ-RJ.

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